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A Semântica do Natal

“Feliz Natal”. Bom, a primeira coisa que a gente pensa é: “o que é Natal?”. Muitos vão dizer que é mais uma festa criado pelo mercado pra aquecer as vendas e estimular o consumo, fazendo girar a economia. É até verdade que o natal seja usado para isso, mas por detrás disso, tem outra explicação que é anterior.

Para o mundo ocidental, essa data é comemorada como o nascimento de Jesus, o que leva à próxima pergunta: “ e quem é Jesus?”. Aí vem a resposta clássica: “é o filho de Deus”. Tá bom, então quer dizer que o mundo ocidental comemora o nascimento do filho de Deus, o qual nasceu no mundo oriental? Aí eu poderia fazer vários outros questionamentos, tipo: “e o que isso tem haver comigo?”; “Por que desejamos que esse dia seja ‘feliz’?”; “O que o filho de Deus veio fazer na terra?”; “quem prova que ele era mesmo o filho de Deus?”.

Acho que muitos desses questionamentos surgem porque em mais de 2.000 anos de cristandade (notem que não falei “cristianismo” – estou usando o termo ‘cristandade’ como as formas históricas do cristianismo e ‘cristianismo’ como o conteúdo essencial da vida e obra de Cristo), algumas coisas foram deturpadas.

Apesar de o cristianismo ser atualmente mais marcante no mundo ocidental, ele começou no mundo oriental, pois Jesus era um judeu, nascido em Nazaré, na Palestina. Conforme alguém disse uma vez: "No início, a igreja era um grupo de homens centrados no Cristo vivo. Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se numa filosofia. Depois, chegou a Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à Europa e tornou-se uma cultura. E, finalmente, chegou à América e tornou-se um negócio" (Richard Halverson). Eu ainda acrescentaria que quando chegou ao Brasil tornou-se um evento.

Mas a mensagem que quero deixar é aquela que começou com aqueles primeiros homens e mulheres na palestina e que, apesar dos inúmeros desvios ocorridos na história, ainda tem muita gente fazendo aquilo era feito lá no começo.

As implicações de ser Jesus, de fato, o filho de Deus, são muitas. O conceito de alteridade permite dizer que nós dependemos uns dos outros, e é no encontro com o outro que descobrimos quem somos. Creio que a resposta à questão existencial do homem de saber quem ele é enquanto “ser”, só é elucidada quando nos encontramos com o “totalmente Outro”. Esse “totalmente Outro” revela para nós uma natureza totalmente distinta da nossa, e só aí podemos ver em que situação nos encontramos enquanto seres humanos.

Crendo que Jesus, mesmo sendo homem, também era Deus, vemos que Ele revela a natureza divina. Vendo a natureza divina, conhecemos o “totalmente Outro” e nos deparamos com a mísera realidade existencial em que nos encontramos, desprovida dos mais altos valores, os quais, por mais que a lei tente impor, jamais conseguimos alcançá-los por nós mesmos. É o que vemos no personagem de Alex, em “Laranja Mecânica (1971)”, de Stanley Kubrick. Por mais que a gente tente pela força domar o instituto perverso do ser humano e fazê-lo comportar-se bem em sociedade, não é assim que conseguimos ter uma vida plena, completa de significado e construir um mundo justo e de paz.

Creio que Jesus veio revelar quem Deus é e como o homem deve ser. Com a sua vida e seus ensinamentos, mostrou a natureza de Deus e o quanto o homem encontrava-se distante de Deus em razão do modo como levava a vida. Há uma dicotomia entre Reino de Deus e reino dos homens. A mensagem de Jesus é o anúncio do Reino de Deus, a chegada de um governo em que as inimizades que separam o homem em suas dimensões de relacionamento: Deus – o próximo – meio ambiente, são quebradas. É o surgimento de uma nova sociedade, com a redenção de todo o cosmos.

Porém, esse discurso não agradou a todos, tanto o é que mataram Jesus, querendo prevalecer o reino dos homens sobre o Reino de Deus. É aí que está o ponto: Deus não faz prevalecer seu Reino na base do poder e da força, mas na base do amor. Por isso que a máxima revelação da natureza de Deus ao homem não foi em forma de um cataclisma ou uma grande explosão no universo, mas em forma de uma criança, numa manjedoura, numa cidadezinha no interior da palestina, há cerca de 20 séculos atrás.

A “vitória” de Deus sobre a morte está no túmulo vazio ao terceiro dia em que Jesus morreu. A nova sociedade, a redenção cósmica, a reconciliação entre o homem e Deus, o homem com o seu próximo e o homem com toda a criação em geral, são todas possíveis porque Jesus foi ressuscitado ao terceiro dia. A grande mensagem que eu creio estar por detrás do singelo “Feliz Natal”, e é com ela que eu respondo aos questionamentos feitos no início, é a de que: Deus amou tanto o mundo, mesmo estando o homem imerso nele, em inimizade com Deus e andando conforme desse na telha, gerando caos a toda crianção e a ele próprio, Deus deu um jeito de redimi-lo. Para isso, fez com que seu filho, que dispunha da mesma natureza que a sua, saísse da transcendência e torna-se imanente, adentrando na criação e mostrando ao homem quem Deus era e como Ele gostaria que o homem fosse. Todos quantos crêem que Jesus era mesmo o filho de Deus e desejam ser redimidos para fazerem parte dessa nova criação, são aceitos por Deus e integram essa nova sociedade, que começa a dar sinais agora e será consumada na história em breve.

Bom galera, é com base nessa perspectiva que finalmente eu desejo a vocês um “FELIZ NATAL!!”. Desejo que o amor que Deus teve para com humanidade a ponto de entregar seu filho único ao sacrifício vicário nos faça voltarmos para Ele e, com isso, restaurar nossa plena comunhão com nosso próximo e todo o meio ao nosso redor. Que possamos nos esvaziar de nós mesmos, como Jesus o fez para tomar a forma humana, só que no nosso caso, para nos deixarmos ser tomados pela índole da natureza divina que Jesus proporciona. Que possamos olhar ao que sofre e estende-lhe a mão, olhando-o não como um objeto de nossa ação altruísta para nos sentirmos bem, mas sim como um semelhante que precisa de nossa ajuda. Ainda, por mais que as pessoas nos tenham deixado marcas, desejo que nós possamos perdoá-las assim como Deus nos perdoa quando nos arrependemos de viver uma vida à sua revelia.

Por fim, desejo que o “Feliz Natal” não seja apenas dito no dia 25/12. A vida que o nascimento-morte-ressurreição de Jesus proporciona extrapola qualquer data simbólica ou símbolo mercadológico. É por isso que o meu “Feliz Ano Novo” vai carregado também com esse desejo de que possamos estender o espírito do natal para o ano seguinte por completo.

E já que celebramos a vitória da “vida” sobre a “morte” e a esperança de um novo mundo de paz e justiça, conquistados pelo amor de Deus, deixo-lhes um texto que retrata que tipo de amor é esse, considerado a moeda de troca no Reino de Deus.

Reynaldo Junior


“¹Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

²E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

³E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

4O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

5Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

6Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

9Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

10Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

11Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

12Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

13Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”.

[Livro: I Coríntios – Capítulo: 13]

Pic Nic - Pq. da Independência 2010


As férias estão chegando! \o/ 
Mas antes de viajarmos e "nunca" mais nos vermos (rs), que tal um lanchinho ao ar livre pra podermos nos despedir?
Vamu ae? :]

Data: 11/12
Horário: 10h 
Local: Pq. da Independência.
Levar: Lanche pra compartilhar com a galera! E quem tiver e puder, levar toalhinhas de picnics. haha

Nos encontraremos em frente a FONTE do Pq. da Independência.
 
Sairá uma turma do metro Sta Cecília as 8h30 e vamos descer no metrô Santos Imigrantes. Depois iremos a pé até o parque. 

Se quiser nos encontrar é só chegar! :) 

Qualquer coisa liga ou manda sms: (11)81768804 - TIM Kézia ou (11)67056010 - Oi Damáris.



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